terça-feira, 28 de outubro de 2008

E lá vamos nós para a recessão

Quando se segue pelo caminho errado por algum tempo, geralmente a correção envolve uma guinada forte e decidida para o outro lado.

É a tendência natural, embora possa não ser a melhor solução em muitos casos. Ainda mais quando a estrada é estreita. Quais os riscos envolvidos? Como evitar os problemas de exagerar na correção?

É mais ou menos isso que se pergunta Thomas Friedman, editorialista do NYT, a respeito das possíveis conseqüências da intervenção do governo norteamericano nos bancos.
    There is a fine line between risk-taking and recklessness. Risk-taking drives innovation; recklessness drives over a cliff. In recent years, we had way too much of the latter. We are paying a huge price for that, and we need a correction. But how do we do that without becoming so risk-averse that start-ups and emerging economies can’t get capital because banks with the government as a shareholder become exceedingly cautious.


Pessoalmente, acredito que o caminho do meio seja sempre a melhor solução. De verdade. E não só racionalmente; tenho instinto conciliador, talvez até um pouco conservador. Tenho um pé atrás com guinadas bruscas, prefiro pequenas e constantes (mas efetivas) correções de curso. Me faz sentir seguro o suficiente durante a mudança.

Mas... mesmo assim... geralmente não consigo evitar de virar totalmente o curso quando me vejo perdido na estrada errada. É a solução mais natural, como eu disse antes.

E acho que o mercado - esse ser invisível, mau e cruel, que derruba impunemente as bolsas, faz falir bancos e desvaloriza moedas - também age assim. Assim, adeus ao crédito sujo e, junto com ele, adeus aos investimentos, à inovação e ao crescimento dos mercados emergentes.

E lá vamos nós para a recessão.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mistérios e Lições

Quando conheci o Lukasz, em Janeiro de 2007, ele dizia que não conseguia imaginar como seria estar casado, ter compromissos, responsabilidades, encarar a vida com responsabilidade. Simplesmente não se via nesse papel. Também, para um estudante de doutorado com 25 anos, com uma vida segura em termos financeiros e com excelentes possibilidades de carreira, não me surpreendia que ele pensasse assim. Ele dizia que tudo era analisável, planejável, controlável.

Abaixo, uma foto dele com o Mateusz, que veio ao mundo no último 24 de Outubro.


Planejamento falho? Talvez. Mas certamente uma lição. Uma bela e saudável lição em formato de bebê.

É, a vida tem seus mistérios.

domingo, 26 de outubro de 2008

Tudo sempre passará

Domingo de noite, e me sinto vazio. Um vazio triste, essa completa incompleteza de ser, essa impossibilidade de compreender o que não se pode saber.

Lá fora, uma foschia branca cobre Novara. Não faz frio, porém. Outono.

Balanço a cabeça, sorrio sem jeito e seguro uma florzinha amarela. Às vezes, faz falta a fé. Uma qualquer fé.

Mas amanhã é segunda, e tudo começa de novo. Afinal, tudo passa, tudo sempre passará.

The Island of Research

Não sei bem onde estou, talvez em algum lugar próximo do Mount Where-are-we-going? e me aproximando da Data Analysis Jungle...

sábado, 4 de outubro de 2008

Resumo do verão - Scuola Estiva a Bressanone

Antes de mais nada, parabéns pai!!!

Eu prometi relatar a scuola estiva de Bressanone para o dia seguinte no último post. Passou mais tempo, sim, mas finalmente consegui as fotos para escrever o post.

Tutto sommato, foi um evento positivo. Cinco dias entre amigos, um tópico mais interessante (Inovação, tudo gira em torno de Inovação por aqui) e excelente, deliciosa e abundante comida (mnham mnham, canederli, speck, strudel, grigliata di agnelo e cervo, mnham...).

Desta vez, ficamos em um hotel mais afastado, eu, a família Copani e Stefano. Fez imensa falta a simpática Miss Bressanone, e por isso nem organizamos a eleição esse ano. Porém, a companhia feminina foi constituída pela Valentina, que junto com o piccolo Niccoloò, acompanhou o Giacomo durante a semaninha de férias.

Taí eu e o menino.


Abaixo, nós na janta social, depois de alguns vinhos.

Mal posso esperar por Bressanone 2009!