quinta-feira, 22 de maio de 2008

Reds and Blues

Sem gre-nal pelo Campeonato Gaúcho ou pela Copa do Brasil, me restou assistir a azuis x vermelhos na final da Champions. Nos pênaltis, depois de 1 x 1 no tempo normal e uma prorrogação sem gols, os vermelhos do Manchester ganharam dos azuis do Chelsea.

Belíssima partida. O Manchester patrolou no primeiro tempo, fazendo um a zero com um novo fenômeno Ronaldo, o português Cristiano. Mas o Chelsea acordou faltando cinco minutos para o final do primeiro tempo e achou um gol ainda antes do intervalo com Lampard pegando uma bola duplamente rebatida na defesa dos Reds. E o Chelsea voltou melhor do vestiário, muito melhor. Dominou o segundo tempo inteiro, mandando bola na trave e tudo o mais. No final, os dois times cansados mal aguentaram de pé a prorrogação. Nos últimos segundos entraram Belletti e o ex-gremista Anderson só para bater os pênaltis.

Emoção também nas cobranças. Por pouco não venceu o Chelsea. Cristiano Ronaldo bateu para a defesa do excelente goleiro Cech, mas o capitão Terry escorregou a mandou a cobrança do título na trave. Na seqüência, Anelka mandou nas mãos de Van der Sar, abrindo as comemorações do tri da Europa dos Reds.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

I Bambini Fanno Ooh..., Giuseppe Povia

Quando i bambini fanno "oh" c'è un topolino
Mentre i bambini fanno "oh" c'è un cagnolino
Se c'è una cosa che ora so'
ma che mai più io rivedrò
è un lupo nero che da un bacino (smack)
a un agnellino

tutti i bambini fanno "oh"
dammi la mano
perchè mi lasci solo,
sai che da soli non si può,
senza qualcuno,
nessuno
può diventare un uomo

Per una bambola o un robot bot bot
magari litigano un po'
ma col ditino ad alta voce,
almeno loro (eh)
fanno la pace

Così ogni cosa è nuova
è una sorpresa
e proprio quando piove
i bambini fanno "oh"
guarda la pioggia

Quando i bambini fanno "oh"
che meraviglia, che meraviglia!
ma che scemo vedi però, però
che mi vergogno un po'
perchè non so più fare "oh"
e fare tutto come mi piglia,
perchè i bambini non hanno peli
ne sulla pancia
ne sulla lingua

i bambini sono molto indiscreti
ma hanno tanti segreti
come i poeti
nei bambini vola la fantasia e anche qualche bugia
oh mamma mia, bada!
ma ogni cosa è chiara e trasparente
che quando un grande piange
i bambini fanno "oh"
ti sei fatto la bua
è colpa tua

Quando i bambini fanno "oh"
che meraviglia, che meraviglia!
ma che scemo vedi però,però
che mi vergogno un po'
perchè non so più fare "oh"
non so più andare sull'altalena
di un fil di lana non so più fare una collana

....nananananananananana....

finchè i cretini fanno(eh)
finchè i cretini fanno(ah)
finchè i cretini fanno "boom"
tutto il resto è uguale
ma se i bambini fanno "oh"
basta la vocale
io mi vergogno un po'
ivece i grandi fanno "no"
io chiedo asilo
io chiedo asilo
come i leoni
io voglio andare
a gattoni...

e ognuno è perfetto
uguale è il colore
evviva i pazzi che hanno capito cos'è l'amore
è tutto un fumetto di strane parole
che io non ho letto
voglio tornare a fare "oh"
voglio tornare a fare "oh"
perchè i bambini non hanno peli ne sulla pancia
ne sulla lingua...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Viajando com a Mônica

Esses dias todos longe do blog tem uma única culpada: a Mônica.

Desde que ela chegou, dia 4, não tivemos um minuto de folga. Logo no Domingo, fizemos um belo almoço e nos mandamos para Torino, visitar as múmias no Museo Egizio. Incrível estar frente a frente com um cadáver de 6000 anos de idade...

Na segunda, mandamos a Mônica sozinha para o Lago Maggiore. E não é que ela conseguiu chegar na Isola Bella e voltar? Espantosa a capacidade da moça de sobreviver nessa terra confusa e estranha que é a Itália.

Na terça, visita a Milano. De noite, ópera no La Scala: 1984, uma adaptação da obra de George Orwell por Lorin Maazel. Coisa chique...

Na quarta, partimos para uma mini-viagem de 5 dias na Toscana. Em Firenze, um banho de cultura e arte. Escapamos por pouco - muito pouco - de sofrer da Síndrome de Stendhal... A arte aflora de cada prédio, de cada pedra, de cada igreja, de cada jardim, de cada museu, de cada ponte sobre o Arno. Virar um corredor na Galleria dell'Accademia e dar de cara com aquele imponente Davide, ou se perder em meio aos inúmeros Raffaellos na Galleria degli Uffizi, é inebriante mesmo para quem não é um grande conhecedor de arte, como eu.

No sábado, fomos ainda a Pisa e Siena. Em Pisa, testemunhamos que a Torre é realmente torta. Muito torta. Assustadoramente torta até. E sim, tiramos as clássicas fotos "segurando" a Torre... Em Siena, caminhamos pelas ruas em estilo medieval e fizemos a visita obrigatória alla Piazza del Campo e ao Duomo.

Domingo, enquanto Daniela e eu voltávamos a Novara, Mônica foi para Roma, conhecer o centro do mundo. Mas até hoje, não tivemos um minuto de folga, botando o trabalho e as aulas em dia. Amanhã ela retorna de Roma, e nós voltamos à louca rotina de guias de turismo para nossa amiga!

sábado, 3 de maio de 2008

A crise da esquerda não tem fim

Como se não bastasse a derrota nas eleições gerais, semana passada o PD perdeu o segundo turno na eleição para prefeito de Roma. Gianni Alemanno, candidato do PdL, foi eleito novo sindaco com 783.225 votos, batendo o ex-prefeito e ex-ministro da Cultura Franceso Rutelli.

A derrota foi significativa: a centro-sinistra governava a capital italiana com Veltroni, eleito há dois anos com 61% dos votos. O mesmo Veltroni que deixou o cargo para liderar o novo Partido Democratico, candidatar-se e perder para Berlusconi quinze dias atrás.

Alemanno venceu porque, acima de tudo, valorizou a temática do medo com a falta de segurança na capital italiana. Temática que veio ao centro da mídia quando uma ragazza estrangeira foi violentada por um romeno na semana antecedente à votação na periferia de Roma. A coligação de destra de Alemanno, especialmente seu partido Alianza Nazionale, descendente dos fascistas de Mussolini, promete o cumprimento rigoroso das regras de expulsão de estrangeiros que cometam delitos na Itália. Era tudo o que os romanos queriam ouvir.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

1º de Maio no Lago

Feriado de Primeiro de Maio é coisa séria aqui na Itália. Ou, pelo menos, faz-se de tudo para que tenhamos essa impressão. Eventos, shows, comícios, manifestações e cerimônias organizadas por partidos, sindicatos, governo, direita, esquerda, centro, povo e tudo o mais.

Mas também é dia de descanso e passeio, ainda mais com o lindo dia de Primavera que fez. Aproveitamos e fomos ao Lago Maggiore com a Scuola di Italiano. Eu não sabia praticamente nada sobre o Lago antes de ontem. Trata-se de um lago de origem glacial, o segundo maior da Itália, localizado na fronteira com a Suíça, entre as províncias de Novara, Varese e Verbano.

Chegamos em Stresa, pequena cidade na margem ocidental do Lago, e pegamos um barco para a Isola Bella. E che bella questa isola! De todos os lugares que já visitei na Itália, está entre os mais bonitos. De fato, teria dito Charles Dickens:

Per quanto fantastica e meravigliosa possa essere ed è l'Isola Bella, è tuttavia bellissima.

A ilhota é praticamente toda ocupada pelo Palazzo Borromeo, uma construção histórica do século XVII que servia como morada da influente família nobre milanesa. O palácio em si é impressionante, tendo até mesmo hospedado Napoleão e sua esposa Josefina. Especial destaque para le grotte, as salas do andar inferior, próximas ao nível da água, cujas paredes são recobertas de pedras do lago e conchas.


Porém, a verdadeira jóia da Isola Bella é o jardim do palácio. Uma magnífica mistura de flores e plantas de todos os tipos em estilo barroco dito all'italiana, ou seja, construído como uma série de degraus ou terraços e adornado com dezenas de estátuas, fontes e espelhos d'água. Absolutamente fantástico!

Mais fotos no post que a Daniela fez no seu blog.

Em resumo, é um lugar a ser visitado muitas vezes, pois há diversas outros pontos turísticos no Lago. Certamente voltaremos!