Já é de algum tempo que tenho acompanhado as notícias sobre energia renovável. Até já postei sobre isso. Meu interesse aumentou ainda mais após assistir An Inconvenient Truth, oscarizado documentário sobre mudanças climáticas (e, incidentalmente, Al Gore). Não vou entrar no mérito da qualidade do documentário, ou mesmo sobre as previsões quase catastróficas do mesmo. Especificamente sobre isso há, até onde sei, uma série de opiniões contrárias à tese de que o homem é o maior responsável pelo aquecimento global. De qualquer forma, se for para errar, prefiro errar para o lado mais seguro. Por isso, com base no recente relatório do 4º IPCC que indica 90% de chance de que a principal causa do aquecimento é a atividade humana, acho que é uma boa coisa emitir menos CO2.
Aparentemente, os legisladores norte-americanos estão pensando como eu. De acordo com reportagem do The New York Times, no último sábado (4), foi aprovada pela Câmera uma lei exigindo que 15% da eletricidade produzida venha de fontes renováveis de energia, ao mesmo tempo em que aloca fundos para pesquisa voltada para eficiência energética de equipamentos e edificações e novos métodos de captura de carbono. Finalmente, os legisladores dos EUA também negaram cerca de US$ 16 bilhões em incentivos fiscais para a indústria do petróleo. Porém, a lei não faz menção a cortes de emissões de CO2 ou mesmo estabelecimento de padrões mínimos de eficiência energética de automóveis. Estes aspectos já haviam sido abordados por legislação similar aprovada em Junho passado no Senado. Nos próximos meses se reunirá um comitê bicameral que, espera-se, alinhe a legislação energética.
Na opinião da Casa Branca, a recente lei aprovada pela Câmera não atinge os objetivos nacionais de diminuir as importações de petróleo, fortalecer a segurança nacional, diminuir o custo da energia e afrontar a questão do aquecimento global. Segundo a reportagem do The New York Times, embora quase 30 deputados republicanos tenham apoiado o projeto, já foi anunciado que o presidente Bush vetará a lei.
Mostrando postagens com marcador Meio-ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Meio-ambiente. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
O Futuro da Energia Solar - Uma Visão Menos Otimista
De uns tempos pra cá, o pai anda empolgado com a energia solar. Confesso que até hoje não tinha me dedicado a entender a problemática, simplesmente aceitava o senso comum de que energia solar é limpa, renovável, boa e, por isso, deve ser a energia do futuro.
Hoje, casualmente, me deparei com duas matérias interessantes sobre o assunto que me fizeram, se não reconsiderar, ao menos repensar minhas certezas. Abaixo, minhas considerações.
Na Califórnia, foi aprovada lei para instalar 1 milhão de "tetos solares" nos próximos 10 anos. Muito bom para o comércio dos painéis foto-voltáicos, mas será que causa algum impacto real na matriz energética americana? Além disso, será que movimentar o mercado da energia solar ajuda a alcançar os brakthrough tecnológicos necessários para que a energia solar passe de "boa idéia, bem intencionada" para uma alternativa séria aos problemas energéticos do mundo?
Essas questões são discutidas no artigo do No The New York Times, Solar Power Wins Enthusiasts but Not Money. A matéria mostra como, apesar de ser popular, a energia solar não deve decolar seriamente nos próximos anos. Hoje, a energia solar corresponde a menos de 0,01% do total da energia norte-americana. Essa situação nao deve mudar significativamente ate 2030, salvo grandes descobertas científicas. Dada a quantidade de dinheiro injetada em pesquisa de base na área (US$ 159 milhões no atual ano fiscal, pouco se comparado aos US$ 427 milhóes investidos em pesquisa de energia por queima de carvão), isso nao deve acontecer. Na melhor das hipóteses, estima-se que a parcela de energia solar no portfólio energético dos EUA será de 2% a 3% nas próximas décadas. A grande aposta em fontes renováveis parece ser mesmo o biocombustível - com forte lobby dos estados de base agrícola. Em tempo: o principal problema parece envolver as tecnollgias para armazenamento economicamente viável da energia solar.
Hoje, casualmente, me deparei com duas matérias interessantes sobre o assunto que me fizeram, se não reconsiderar, ao menos repensar minhas certezas. Abaixo, minhas considerações.
Na Califórnia, foi aprovada lei para instalar 1 milhão de "tetos solares" nos próximos 10 anos. Muito bom para o comércio dos painéis foto-voltáicos, mas será que causa algum impacto real na matriz energética americana? Além disso, será que movimentar o mercado da energia solar ajuda a alcançar os brakthrough tecnológicos necessários para que a energia solar passe de "boa idéia, bem intencionada" para uma alternativa séria aos problemas energéticos do mundo?
Essas questões são discutidas no artigo do No The New York Times, Solar Power Wins Enthusiasts but Not Money. A matéria mostra como, apesar de ser popular, a energia solar não deve decolar seriamente nos próximos anos. Hoje, a energia solar corresponde a menos de 0,01% do total da energia norte-americana. Essa situação nao deve mudar significativamente ate 2030, salvo grandes descobertas científicas. Dada a quantidade de dinheiro injetada em pesquisa de base na área (US$ 159 milhões no atual ano fiscal, pouco se comparado aos US$ 427 milhóes investidos em pesquisa de energia por queima de carvão), isso nao deve acontecer. Na melhor das hipóteses, estima-se que a parcela de energia solar no portfólio energético dos EUA será de 2% a 3% nas próximas décadas. A grande aposta em fontes renováveis parece ser mesmo o biocombustível - com forte lobby dos estados de base agrícola. Em tempo: o principal problema parece envolver as tecnollgias para armazenamento economicamente viável da energia solar.
Marcadores:
Ciência/Ceticismo,
Meio-ambiente
terça-feira, 12 de junho de 2007
A poluição nossa de cada dia
Deu no The New York Times: as cidades do Norte da Itália são as mais poluídas da Europa (link para a matéria).
Segundo a reportagem, no primeiro trimestre de 2006 as cidades de Milano, Torino, Bologna e Venezia haviam excedido os limites estabelecidos pela União Européia e pela Organização Mundial da Saúde em mais da metade do tempo. Milano foi a campeã, com 64 dias de medições acima do limite em apenas três meses. Em 2007, a situação não melhorou - ao contrário, parece ter piorado.
A smog, como é chamada aqui a mistura venenosa de poluição, origina-se basicamente das emissões de veículos com motores a combustão. Milano, a propósito, sofre de imensos e intricados traffic jams, mesmo tendo um sistema de transporte público eficiente, razoavelmente barato e, mais importante, quase totalmente limpo. Trams e ônibus são movidos a eletricidade, e o metrô tem ampla cobertura.
Aqui em Novara é outra história. Ar limpo, trânsito calmo. Bella città.
Segundo a reportagem, no primeiro trimestre de 2006 as cidades de Milano, Torino, Bologna e Venezia haviam excedido os limites estabelecidos pela União Européia e pela Organização Mundial da Saúde em mais da metade do tempo. Milano foi a campeã, com 64 dias de medições acima do limite em apenas três meses. Em 2007, a situação não melhorou - ao contrário, parece ter piorado.
A smog, como é chamada aqui a mistura venenosa de poluição, origina-se basicamente das emissões de veículos com motores a combustão. Milano, a propósito, sofre de imensos e intricados traffic jams, mesmo tendo um sistema de transporte público eficiente, razoavelmente barato e, mais importante, quase totalmente limpo. Trams e ônibus são movidos a eletricidade, e o metrô tem ampla cobertura.
Aqui em Novara é outra história. Ar limpo, trânsito calmo. Bella città.
Assinar:
Postagens (Atom)