segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Legislação Energética nos EUA

Já é de algum tempo que tenho acompanhado as notícias sobre energia renovável. Até já postei sobre isso. Meu interesse aumentou ainda mais após assistir An Inconvenient Truth, oscarizado documentário sobre mudanças climáticas (e, incidentalmente, Al Gore). Não vou entrar no mérito da qualidade do documentário, ou mesmo sobre as previsões quase catastróficas do mesmo. Especificamente sobre isso há, até onde sei, uma série de opiniões contrárias à tese de que o homem é o maior responsável pelo aquecimento global. De qualquer forma, se for para errar, prefiro errar para o lado mais seguro. Por isso, com base no recente relatório do 4º IPCC que indica 90% de chance de que a principal causa do aquecimento é a atividade humana, acho que é uma boa coisa emitir menos CO2.

Aparentemente, os legisladores norte-americanos estão pensando como eu. De acordo com reportagem do The New York Times, no último sábado (4), foi aprovada pela Câmera uma lei exigindo que 15% da eletricidade produzida venha de fontes renováveis de energia, ao mesmo tempo em que aloca fundos para pesquisa voltada para eficiência energética de equipamentos e edificações e novos métodos de captura de carbono. Finalmente, os legisladores dos EUA também negaram cerca de US$ 16 bilhões em incentivos fiscais para a indústria do petróleo. Porém, a lei não faz menção a cortes de emissões de CO2 ou mesmo estabelecimento de padrões mínimos de eficiência energética de automóveis. Estes aspectos já haviam sido abordados por legislação similar aprovada em Junho passado no Senado. Nos próximos meses se reunirá um comitê bicameral que, espera-se, alinhe a legislação energética.

Na opinião da Casa Branca, a recente lei aprovada pela Câmera não atinge os objetivos nacionais de diminuir as importações de petróleo, fortalecer a segurança nacional, diminuir o custo da energia e afrontar a questão do aquecimento global. Segundo a reportagem do The New York Times, embora quase 30 deputados republicanos tenham apoiado o projeto, já foi anunciado que o presidente Bush vetará a lei.

2 comentários:

Daniela Scheifler disse...

Menos mal que logo logo vai ter eleições nos Eua.

Anônimo disse...

o problema maior é que se os americanos homologarem o protocolo de Kyoto eles são obrigados a subir o custo da energia e ai todos os produtos seus ficaram mais caros
Isso é o que a União Europea deseja e força para que aconteça