sexta-feira, 20 de julho de 2007

O Futuro da Energia Solar - Uma Visão Menos Otimista

De uns tempos pra cá, o pai anda empolgado com a energia solar. Confesso que até hoje não tinha me dedicado a entender a problemática, simplesmente aceitava o senso comum de que energia solar é limpa, renovável, boa e, por isso, deve ser a energia do futuro.

Hoje, casualmente, me deparei com duas matérias interessantes sobre o assunto que me fizeram, se não reconsiderar, ao menos repensar minhas certezas. Abaixo, minhas considerações.

Na Califórnia, foi aprovada lei para instalar 1 milhão de "tetos solares" nos próximos 10 anos. Muito bom para o comércio dos painéis foto-voltáicos, mas será que causa algum impacto real na matriz energética americana? Além disso, será que movimentar o mercado da energia solar ajuda a alcançar os brakthrough tecnológicos necessários para que a energia solar passe de "boa idéia, bem intencionada" para uma alternativa séria aos problemas energéticos do mundo?

Essas questões são discutidas no artigo do No The New York Times, Solar Power Wins Enthusiasts but Not Money. A matéria mostra como, apesar de ser popular, a energia solar não deve decolar seriamente nos próximos anos. Hoje, a energia solar corresponde a menos de 0,01% do total da energia norte-americana. Essa situação nao deve mudar significativamente ate 2030, salvo grandes descobertas científicas. Dada a quantidade de dinheiro injetada em pesquisa de base na área (US$ 159 milhões no atual ano fiscal, pouco se comparado aos US$ 427 milhóes investidos em pesquisa de energia por queima de carvão), isso nao deve acontecer. Na melhor das hipóteses, estima-se que a parcela de energia solar no portfólio energético dos EUA será de 2% a 3% nas próximas décadas. A grande aposta em fontes renováveis parece ser mesmo o biocombustível - com forte lobby dos estados de base agrícola. Em tempo: o principal problema parece envolver as tecnollgias para armazenamento economicamente viável da energia solar.

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