quinta-feira, 17 de abril de 2008

Pra não dizer que só falo de política...

... vou falar de livros.

Eu havia empacado lendo La Vendetta del Longobardo, um romance histórico que se passa no tempo da derrocada dos longobardos face às intrigas papais e ao fortalecimento dos francos, de Pepino a Carlos Magno. Apesar de muito curioso com relação à época - que, aqui no norte da Itália, por motivos óbvios é bastante estudada -, o livro poderia ser muito melhor. Nada dinâmico, muito detalhado em determinadas partes, muito abstrato em outras. O fio condutor da história, ou seja, a vida do tal longobardo do título, é confuso, e muitos dos personagens (inclusive o principal) não são críveis. Parei, há alguns meses, faltando umas 20 páginas para o final. Parei, em primeiro lugar, por causa do enorme volume de leitura para o doutorado. Depois, por causa da viagem para a Espanha.

Aliás, aproveitei as noites no hotel para ler Zero Assoluto, uma tradução italiana de um pequeno, mas empolgante, romance de ficção científica de Greg Bear (título original: Heads).

Bem, finalmente encontrei fôlego para finalizar La Vendetta del Longobardo. Passei pelas últimas 20 páginas com uma certa nostalgia, até. Como quem termina uma tarefa longa e dolorosa com a qual se afeiçoou, ainda que por simples hábito. Agora me sinto livre. E peguei um livro que ganhei de aniversário da minha amiga turca Firdevs: Riconciliazione: L'Islam, la democracia, l'Occidente, da falecida Benazir Bhutto.

A propósito: grazie, Firdevs!

Até agora, ainda não tenho uma opinião formada. Mas uma coisa posso dizer: nunca discordei tanto de um único livro... E ainda estou apenas na página 80. Não que isso seja ruim, pelo contrário: é desafiador e provocante! Em breve, uma resenha.

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