terça-feira, 25 de setembro de 2007

Clash of the Titans e os filmes do início dos anos 80

Esses dias, Daniela escreveu sobre Perseu no Baile no Céu. Inspirados pelo mito, resolvemos assistir a Clash of the Titans (em português, Duelo de Titãs), um filme de 1981 que conta justamente uma das versões da história do herói mitológico que matou a Medusa.

Tirando algumas coisas inexplicáveis, como o fato do monstro que ameaça Andrômeda ser um Kraken que parece ter saído de um episódio de Spectroman (!!!) ou a corujinha mecânica que Atena envia para ajudar o herói (me pareceu que os produtores quiseram empurrar um comic relief inspirado no R2D2), o filme é razoável. Definitivamente, não são atuações dignas de Oscar, alguns efeitos especiais são toscos mesmo para os padrões de 1981 e determinadas cenas se arrastam a ponto de dar sono, mas... é divertido, de certa forma.

O mais curioso é que eu lembrava, vagamente, de ter visto esse filme em algum momento da década de 80, possivelmente por volta de 1986, 1987, em alguma Sessão da Tarde durante o Verão. E, de acordo com minha lembrança, o filme era muito melhor do que esse que eu vi recentemente. Esse fenômeno, penso, é comum: tudo o que é relacionado com a infância parece ser mais especial em nossa memória do que quando olhamos com os olhos mais críticos de adultos.

Ver esse filme também me fez perceber o quanto algumas obras cinematográficas do início da década de 80 me marcaram. Acho que foi porque foram os primeiros filmes que assisti tendo capacidade cognitiva para entender o que estava acontecendo. Filmes como Krull (1983), Gremlins (1984), Ghost Busters (1984) e, mais tarde, Ladyhawke (1985), The Goonies (1985) e Enemy Mine (1985), entre outros tantos, ainda hoje me trazem recordações carinhosas de um tempo em que eu não era tão crítico (ou chato, como queiram), e que os filmes me divertiam mais facilmente. Alguns continuam bons, resistem à prova do tempo. Outros, é melhor nem assistir de novo.

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